segunda-feira, 25 de julho de 2011

Toxina botulínica no dentista

Toxina botulínica no dentista

Na odontologia, a substância é uma novidade. Ela reduz as dores na face e os efeitos do bruxismo. Basta uma aplicação



por lúcia nascimento • ilustração omar grassetti • design fred scorzzo


Ela ganhou fama nos tratamentos estéticos por retardar o surgimento de marcas de expressão. Mas, quem diria, também minora dores e disfunções na mandíbula, além de deixar o sorriso mais bonito, sobretudo quando a gengiva aparece mais do que deveria. Estamos falando da toxina botulínica, um veneno produzido pela bactéria Clostridium botulinium, que, em pequenas doses, auxilia no combate a diversos problemas. Ele é conhecido no meio médico desde a década de 1960. Porém, só há pouco mais de um ano ganhou espaço nos consultórios odontológicos do país.

No dentista, a aplicação mais comum é no tratamento do bruxismo, disfunção que afeta cerca de 30% dos brasileiros e se caracteriza pelo ranger de dentes durante o sono. “Ao aplicar a toxina no masseter, um dos músculos da face, a tensão diminui. Assim, o tecido não tem força suficiente para promover o atrito entre os dentes, capaz de causar desgaste”, explica Sidmarcio Ziroldo, que é professor da Universidade Cruzeiro do Sul, em Curitiba, no Paraná, e um dos pioneiros no uso da substância na odontologia.

Por trás da proeza, o velho mecanismo de ação dessa toxina: ela bloqueia a liberação de um químico chamado acetilcolina, neurotransmissor que transporta mensagens entre o cérebro e as fibras musculares. Sem ordens para se movimentar, o tecido relaxa e, quando sua tensão está por trás de tormentos, eles vão embora pelo menos durante os seis meses em que perdura o efeito.

“A toxina botulínica começa a atuar quatro dias depois da aplicação e sua ação diminui com o passar do tempo”, diz o neurologista Nilson Becker, colaborador do Ambulatório de Toxina Botulínica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Por isso, são necessárias novas picadas periodicamente. Mas sem exageros. “O intervalo mínimo é de 90 dias. Isso porque o organismo reconhece a substância como um corpo estranho e cria anticorpos contra ela”, lembra Becker. Se esse prazo for desrespeitado, há o risco de o tratamento não surtir o efeito esperado.

A vantagem desse recurso terapêutico é apresentar um resultado eficaz e rápido, sem quase nenhuma contraindicação. “Somente os intolerantes à lactose precisam evitá-lo”, alerta o especialista em periodontia Daniel Vasconcellos, da Academia Brasileira de Osseointegração. É que o açúcar do leite serve como uma espécie de veículo para a droga. Para quem tem esse tipo de reação, existem outras formulações, geralmente mais caras. “Também não recomendamos a toxina para indivíduos com atividade muscular comprometida, já que ela relaxará ainda mais o tecido”, finaliza Sidmarcio Ziroldo.

Os três usos na odonto
Conheça os tratamentos em que a toxina botulínica pode ser empregada pelo seu dentista

Bruxismo
O que é: o músculo mastigatório trabalha além da conta à noite, o que desencadeia o atrito entre os dentes e, como consequência, seu desgaste. Tratamento convencional: com placas noturnas, para impedir o contato entre os dentes. Vantagens da toxina botulínica: o método tradicional atrapalha o descanso. Com a toxina, isso não ocorre.

Dor facial
O que é: trata-se de uma sensação dolorosa provocada por alterações na articulação que liga o maxilar à mandíbula — ali está localizado um complexo sistema de músculos, ligamentos e ossos. Tratamento convencional: com medicamentos, que podem provocar efeitos colaterais. Vantagens da toxina botulínica: é aplicada diretamente no músculo, sem reações desagradáveis.

Sorriso gengival
O que é: disfunção em que a gengiva é exposta excessivamente quando o indivíduo sorri. Tratamento convencional: por meio de cirurgia. Vantagens da toxina botulínica: não é invasiva, sendo aplicada nos músculos responsáveis pelo sorriso, relaxando essa musculatura.
fonte:http://saude.abril.com.br/edicoes/339/corpo/toxina-botulinica-dentista-633547.shtml

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Biossegurança  no consultório odontológico

O cirurgião-dentista, auxiliares e até mesmo os pacientes, estão expostos a grande variedade de vírus, bactérias, fungos e microorganismos.
Uma cadeia potencial de infecção cruzada, de um paciente para o outro é estabelecida através da contaminação de instrumentos e do pessoal odontológico, pelos microorganismos procedentes dos pacientes e não somente através de uma incisão, lesão, mas também por ambientes propícios e não estéreis, insetos, ou mesmo pelo ar.
O caminho mais apropriado para interromper o ciclo de contaminação é fazer um “cerco”, de forma a isolar os fatores críticos que propagam estes agentes contaminantes de forma a “prevenir para não ter de remediar”, no caso, para realizar tal cerco, utiliza-se um procedimento chamado Profilaxia, conjunto de práticas e processos de segurança que visam proteger, isolar, assegurar que ambientes e seres vivos estejam livres da exposição, contaminação, inoculação e hospedagem de agentes contaminantes.
As ações  para  medidas de segurança são:
Esterilização: É a destruição ou remoção de todas as formas de vida de um dado material. Este termo, não pode ser usado com sentindo relativo: ou objeto está estéril ou não está. Esse método é normalmente usado por meio de autoclaves.
Desinfecção: É o procedimento onde são submetidos os instrumentais a  agentes de limpeza e processos mecânicos de desincrustração e erradiação de restos orgânicos.
Podemos fazer a limpeza química através da inversão em soluções químicas enzimáticas, álcool 70% e detergentes especiais.

Medidas de precauções universais ou medidas padrão:

a)      -Uso de barreiras ou equipamentos de proteção individual.
b)      -Prevenção da exposição a sangue ou fluidos
c)       -Prevenção de acidentes com instrumentos pérfulo-cortantes
d)      -Manejo adequado de procedimentos de descontaminação e do destino de adjetos e resíduos nos serviços de saúde.                                                                

Quanto mais cuidados forem tomados  e ações de prevenção implementadas nas rotinas de trabalho de acordo com as normas de saúde vigentes, mais facilmente deteremos e erradicaremos as doenças e diminuindo a taxas de contagio e acidentes.

Bibliografia de Apoio/ Referências Bibliográficas: 

Titulo: Controle de Infecção em centro cirúrgico-fatos, mitos e controvérsias.
Autor: Rubia Lacerda